sexta-feira, 30 de abril de 2010

PESQUISA MOSTRA QUE 445 MUNICÍPIOS DO PAÍS AINDA NÃO TÊM BIBLIOTECAS

30/04/2010 - 11h57
Pesquisa mostra que 445 municípios do país ainda não têm bibliotecas
Paula Laboissière
Da Agência BrasilEm Brasília
Pesquisa divulgada hoje (30) pelo Ministério da Cultura revela que em 445 cidades brasileiras ainda não há bibliotecas municipais. O índice representa 8% dos 5.565 municípios em todo o país. O estado com o maior número de cidades sem esses espaços para leitura é o Maranhão (61).
Tocantins é o estado com maior índice de bibliotecas por grupo de 100 mil habitantes
Bibliotecas municipais têm quatro funcionários em média, a maioria sem formação específica
Censo: 29% das bibliotecas municipais oferecem internet
Banda larga alcança 67,9% das escolas públicas do País
O 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais foi realizado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) e encomendado pelo ministério.
De acordo com o levantamento, em 79% das cidades há bibliotecas municipais em funcionamento. Em 12%, elas estão em processo de implantação e em 1%, em fase de reabertura. O estudo foi feito entre setembro e novembro do ano passado. Em 2007 e 2008, 660 cidades não tinham bibliotecas municipais.
O perfil dos estabelecimentos indica uma média de 296 empréstimos por mês e uma frequência média de usuários de 1,9 vez por semana. A área física é de 177 metros quadrados, em média, e a maioria das bibliotecas (99%) não abre durantes os finais de semana, só funciona de segunda à sexta, de manhã e de tarde.
Os dados mostram ainda que 91% dos locais não oferecem serviços a pessoas com deficiência visual. O índice das bibliotecas que não dispõem de serviços para portador de necessidades especiais chega a 94%. Além disso, 88% dos estabelecimentos não têm nenhum tipo de atividades de extensão, como oficinas e rodas de leitura em escolas.
Segundo a pesquisa, 64% das bibliotecas municipais do país têm computador, 39% têm televisão, 28% têm videocassete, 27% têm aparelho de DVD e 24% ainda usam máquina de datilografia. Entretanto, 25% delas não contam com nenhum desses equipamentos.
Apesar do número razoável de estabelecimentos com computadores, nem a metade (45%) tem acesso à internet. Desses, apenas 29% prestam esse tipo de serviço aos usuários.

INTERNET: BANDA LARGA NAS ESCOLAS EM 2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010
INTERNET: BANDA LARGA NAS ESCOLAS EM 2010


Cobertura de banda larga chegará a 92% das escolas brasileiras em 2010, afirma secretário do MEC

O secretário de Educação à Distância do Ministério da Educação (MEC), Carlos
Bielshowsky, disse que até o final deste ano 92% das escolas brasileiras terão acesso à internet. Ele apresentou as ações do governo brasileiro para promover o acesso à inclusão digital e a capacitação de professores na área de tecnologia durante a Conferência Internacional – O Impacto das Tecnologias da Informação e da Comunicação na Educação.“Fizemos um acordo com as operadoras de banda larga e até o final do ano 92% das escolas brasileiras terão acesso à internet, isto significa a inclusão digital de cerca de 35 milhões estudantes”, afirma Bielshowsky.Segundo o secretário, o trabalho desenvolvido pelo MEC busca a “alfabetização digital” de professores e alunos, além de estimular a autonomia dos estudantes na formação do conhecimento através dos laboratórios de informática e de promover novas estratégias pedagógicas com o uso de conteúdos digitais na sala de aula.“Queremos tornar a sala de aula menos aborrecida, mais atraente. Até o momento, implantamos laboratórios em 42.688 instituições, mas é idiotice fazer isso sem capacitar o professor e é isto que estamos fazendo. Em 2009 capacitamos 332.184 professores e faremos mais este ano”, destaca.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Trabalhadores em educação decidem suspender a greve

16/04/10]

Por maioria dos votos nas assembléias realizadas em todas as regionais do Sintero no Estado os trabalhadores em educação decidiram suspender a greve iniciada no dia 11 de março.
Embora alguns profissionais ainda quisessem manter a paralisação, prevaleceu a decisão da maioria, que será acatada pela direção do Sintero.
Na avaliação da maioria dos trabalhadores em educação a greve foi vitoriosa, pois, além de mostrar ao governo e à sociedade a força da categoria e a disposição para a luta, forçou o governo a reconhecer os problemas da educação e a necessidade de se rever o sistema.
A decisão de suspender a greve se deu mediante a proposta apresentada pelo governo que consiste no seguinte:
1 – Enquadramento dos professores na Lei 420/2008 (Lei do Plano de Carreira) de acordo com o tempo de serviço e a escolaridade;
2 - Pagamento do precatório da ação do salário mínimo que varia de R$ 1.800,00 a R$ 8.000,00 para cada profissional (valores atualizados até 2006);
3 – Aumento de 4,5%;
4 – Gratificação aos professores do 3º ano ao ensino médio lotados em sala de aula e aos orientadores e supervisores lotados na unidade escolar, retroativo a março;
5 – Pagamento integral das folhas de março e abril sem desconto;
6 – Reposição das aulas de acordo com o calendário de cada escola.
Para a direção do Sintero a proposta do governo não atende à pauta de reivindicação dos trabalhadores em educação, mas representa uma vitória, visto que em outras localidades, como São Paulo, a greve terminou sem qualquer proposta.
A greve também foi vitoriosa se comparada com outros movimentos, quando a categoria retornou ao trabalho sem qualquer ganho.
O fato determinante para a vitória do movimento foi a união e a garra dos trabalhadores em educação.
Por isso a direção do Sintero agradece a todos, principalmente aos pais de alunos e à sociedade pela compreensão e pelo apoio

SINTERO - Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

FIM DA GREVE

Greve da Educação acabou, mas deixou Sintero em pedaços
A presidente do Sintero, Claudir da Matta, foi duramente criticada na assembléia da Regional de Ariquemes na tarde de ontem, e acusada de trair a categoria por interesses eleitorais - é pré-candidata a deputada estadual pelo PT.
2010-04-15 - 17:55:00 - O OBSERVADOR

A greve da Educação acabou esta semana, mas a crise está longe de acabar dentro do sindicato da categoria, o Sintero. A crise foi gerada porque algumas regionais sindicais nos municípios não aceitou a proposta do Governo e colocou em xeque a decisão tomada pela Assembléia Geral realizada em Porto Velho. Muitos dirigentes das regionais estranharam a celeridade como a assembléia de Porto Velho foi realizada e a decisão tomada, pois em todas as outras greves, a assembléia da capital sempre foi à última a ser realizada como forma de referenda a decisão tomada pelas regionais. A atitude foi considerada um verdadeiro balde de água fria na greve. A presidente do Sintero, Claudir da Matta, foi duramente criticada na assembléia da Regional de Ariquemes na tarde de ontem, e acusada de trair a categoria por interesses eleitorais - é pré-candidata a deputada estadual pelo PT. Nos discursos inflamados de dirigentes do Sintero, Claudir da Matta não terá o apoio dos servidores da Regional de Ariquemes, Cacoal, Vilhena e Rolim de Moura, considerados focos de resistência dentro do sindicato. Claudir está sendo vista como “persona non grata” em várias regionais e terá muita dificuldade em explicar o acordo fechado com o Governo, que envolve também cifras milionárias em precatórios da Educação. O acordo pegou de surpresa até mesmo dirigentes da capital, ocasionando um racha no comando maior do sindicato em Porto Velho, tido como o grande foco de resistência das greves da Educação. A greve pode até ter acabado, mas o poderio político do grupo que comanda o sindicato desde sua fundação está abalado, e certamente abriu portas para que novas lideranças assumam a entidade em uma próxima eleição. Pela primeira vez em sua história, o Sintero está sendo visto como um sindicato pelego e governista porque passou a aceitar o jogo político do Executivo Estadual