quinta-feira, 15 de abril de 2010

FIM DA GREVE

Greve da Educação acabou, mas deixou Sintero em pedaços
A presidente do Sintero, Claudir da Matta, foi duramente criticada na assembléia da Regional de Ariquemes na tarde de ontem, e acusada de trair a categoria por interesses eleitorais - é pré-candidata a deputada estadual pelo PT.
2010-04-15 - 17:55:00 - O OBSERVADOR

A greve da Educação acabou esta semana, mas a crise está longe de acabar dentro do sindicato da categoria, o Sintero. A crise foi gerada porque algumas regionais sindicais nos municípios não aceitou a proposta do Governo e colocou em xeque a decisão tomada pela Assembléia Geral realizada em Porto Velho. Muitos dirigentes das regionais estranharam a celeridade como a assembléia de Porto Velho foi realizada e a decisão tomada, pois em todas as outras greves, a assembléia da capital sempre foi à última a ser realizada como forma de referenda a decisão tomada pelas regionais. A atitude foi considerada um verdadeiro balde de água fria na greve. A presidente do Sintero, Claudir da Matta, foi duramente criticada na assembléia da Regional de Ariquemes na tarde de ontem, e acusada de trair a categoria por interesses eleitorais - é pré-candidata a deputada estadual pelo PT. Nos discursos inflamados de dirigentes do Sintero, Claudir da Matta não terá o apoio dos servidores da Regional de Ariquemes, Cacoal, Vilhena e Rolim de Moura, considerados focos de resistência dentro do sindicato. Claudir está sendo vista como “persona non grata” em várias regionais e terá muita dificuldade em explicar o acordo fechado com o Governo, que envolve também cifras milionárias em precatórios da Educação. O acordo pegou de surpresa até mesmo dirigentes da capital, ocasionando um racha no comando maior do sindicato em Porto Velho, tido como o grande foco de resistência das greves da Educação. A greve pode até ter acabado, mas o poderio político do grupo que comanda o sindicato desde sua fundação está abalado, e certamente abriu portas para que novas lideranças assumam a entidade em uma próxima eleição. Pela primeira vez em sua história, o Sintero está sendo visto como um sindicato pelego e governista porque passou a aceitar o jogo político do Executivo Estadual

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